Tipos de Fraudes Bancárias e Como se Proteger

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No mundo atual, onde a tecnologia avança rapidamente, as fraudes bancárias se tornam cada vez mais sofisticadas. Desde o phishing até o roubo de identidade, os criminosos estão constantemente desenvolvendo novas formas de enganar os usuários. Este artigo visa esclarecer os principais tipos de fraudes bancárias, explicando como cada uma acontece, quem são os alvos mais comuns e fornecendo exemplos reais para ajudar a entender melhor essas ameaças.

Principais Tipos de Fraudes Bancárias

  1. Phishing: O phishing é uma técnica utilizada por criminosos para obter informações confidenciais, como senhas e números de cartão de crédito, fingindo ser uma entidade confiável. Os golpistas geralmente enviam e-mails ou mensagens de texto que parecem vir de instituições legítimas, induzindo o destinatário a clicar em links maliciosos. Exemplo Real: Maria, uma senhora de 65 anos, recebeu um e-mail aparentemente do seu banco, solicitando que ela atualizasse suas informações de login. Ao clicar no link e fornecer seus dados, Maria teve sua conta invadida e perdeu uma quantia significativa de dinheiro.
  2. Roubo de Identidade: Nesta modalidade, os criminosos obtêm dados pessoais de uma vítima para abrir contas bancárias, solicitar empréstimos ou fazer compras em seu nome. O roubo de identidade pode acontecer através de diferentes métodos, incluindo a interceptação de correspondências e a coleta de dados na internet. Exemplo Real: João, um jovem universitário, teve seu número de CPF utilizado por criminosos para abrir contas bancárias e solicitar empréstimos, resultando em uma enorme dívida em seu nome.
  3. Golpes no Pix: Com a popularização do Pix, os golpes envolvendo essa plataforma de pagamentos instantâneos também aumentaram. Os golpistas criam situações de emergência falsas ou se passam por conhecidos da vítima, pedindo transferências rápidas de dinheiro. Exemplo Real: Ana recebeu uma mensagem no WhatsApp de um número que parecia ser de sua filha, solicitando uma transferência urgente via Pix para resolver um problema. Ana fez a transferência, mas logo descobriu que havia caído em um golpe.
  4. Malware: Malwares são softwares maliciosos instalados no dispositivo da vítima sem o seu conhecimento, geralmente através de downloads suspeitos ou sites inseguros. Esses programas podem registrar teclas digitadas, capturar dados bancários e até controlar remotamente o dispositivo infectado. Exemplo Real: Pedro baixou um programa gratuito na internet, que na verdade era um malware. Seus dados bancários foram roubados e várias transações fraudulentas foram realizadas em sua conta.

Como se Proteger

  • Educação Digital: Aprenda a reconhecer sinais de phishing e desconfie de e-mails e mensagens que pedem informações pessoais ou financeiras.
  • Proteção de Dados Pessoais: Não compartilhe informações sensíveis em redes sociais e seja cauteloso ao fornecer dados pessoais online.
  • Verificação de Contatos: Sempre confirme a identidade de quem solicita transferências via Pix ou outras transações financeiras urgentes.
  • Segurança no Dispositivo: Mantenha seus dispositivos protegidos com antivírus atualizado e evite downloads de fontes não confiáveis.

Proteção Jurídica contra Fraudes Bancárias

Os consumidores têm várias maneiras de se proteger juridicamente contra fraudes bancárias, amparados por leis específicas e decisões judiciais que garantem seus direitos.

  1. Responsabilidade Objetiva das Instituições Financeiras: Conforme o art. 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), as instituições financeiras são responsáveis objetivamente pelos danos causados aos consumidores por defeitos na prestação de serviços. Isso inclui fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias, configurando o chamado “fortuito interno”​​​​.
  2. Dever de Segurança e Informação: As instituições financeiras têm o dever de adotar medidas preventivas para garantir a segurança das transações bancárias e informar adequadamente os consumidores sobre possíveis riscos. A falha nesse dever pode resultar na responsabilidade de indenizar os danos causados por fraudes bancárias​​.
  3. Súmula 479 do STJ: De acordo com a Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros. Essa súmula reforça a proteção do consumidor contra fraudes bancárias​​​​.
  4. Casos de Excludente de Responsabilidade: A instituição financeira só poderá se eximir da responsabilidade se comprovar a inexistência de falha na prestação de serviços ou a culpa exclusiva do consumidor. Mesmo assim, a culpa concorrente do consumidor não é suficiente para afastar totalmente o dever de indenizar​​.

Considerações Finais

A conscientização é a melhor defesa contra fraudes bancárias. Ao entender como esses crimes acontecem e quem são os alvos preferenciais, você pode adotar medidas preventivas eficazes para proteger suas finanças. Além disso, é essencial conhecer os direitos garantidos pela legislação e estar preparado para buscar auxílio jurídico em caso de necessidade.

Se você ou alguém que você conhece foi vítima de fraude bancária, entre em contato com nosso escritório para obter assistência jurídica especializada. Estamos aqui para ajudar a recuperar suas perdas e proteger seus direitos.

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