3 Erros que Médicos Cometem e que Prejudicam sua Própria Defesa

Médico analisando prontuário em consultório, refletindo sobre os erros que médicos cometem que prejudicam sua defesa ética e profissional.

Índice

Muitos profissionais acreditam que os erros que médicos cometem em sindicâncias ou processos ético-profissionais acontecem apenas por falta de sorte ou má interpretação do paciente. Mas, na realidade, a maior parte dos problemas surge de condutas simples e evitáveis.

No exercício da medicina, cada assinatura, prescrição e decisão clínica tem peso ético e jurídico. E quando o médico desconhece o Código de Ética Médica, o processo ético profissional e o valor de um prontuário médico bem elaborado, ele fica vulnerável — mesmo sendo tecnicamente competente.

A seguir, você vai descobrir os 3 erros que médicos cometem com mais frequência e como evitá-los para proteger sua defesa médica e sua responsabilidade profissional.

1️⃣ Falhar na documentação: o prontuário médico é sua melhor defesa

Entre os erros que médicos cometem, este é o mais comum — e também o mais grave.
Um prontuário médico incompleto, ilegível ou sem assinatura pode comprometer toda a defesa do profissional em uma sindicância médica.

O Código de Ética Médica (CEM), em seus artigos 87 e 88, estabelece que o prontuário é um documento obrigatório e deve refletir com clareza as decisões clínicas, diagnósticos, tratamentos e orientações fornecidas.

Sem ele, o médico não tem como comprovar que agiu de forma diligente.
E, na prática, o que não está documentado, não existe.

Além disso, o processo ético profissional exige provas escritas. Quando o médico não mantém um registro detalhado e cronológico, a narrativa do paciente pode prevalecer.

👉 Dica de proteção profissional: registre tudo — inclusive recusas de tratamento e orientações médicas. Isso reforça sua defesa médica e demonstra responsabilidade.

2️⃣ Não colher o consentimento informado

Outro dos erros que médicos cometem com frequência é negligenciar o consentimento informado.
Esse documento não é mera formalidade: é um dever ético e legal previsto no Código de Ética Médica (art. 31).

O consentimento informado comprova que o paciente foi esclarecido sobre riscos, benefícios e alternativas do tratamento.
Quando o médico deixa de colher a assinatura do paciente, abre espaço para alegações de omissão ou imperícia.

Nos processos ético-profissionais, a ausência desse documento é uma das principais causas de condenação disciplinar.
E o pior: muitas vezes, o médico só percebe isso quando já é tarde demais.

O direito médico considera o TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido) uma prova essencial, tanto para proteger o profissional quanto para resguardar o paciente.

👉 Dica: utilize modelos padronizados e atualizados de consentimento, com linguagem clara.
Isso fortalece sua defesa médica, reforça o princípio da autonomia do paciente e evita responsabilidade médica futura.

3️⃣ Responder sozinho a uma sindicância médica

Entre os erros que médicos cometem que mais prejudicam sua defesa está o de responder sozinho a notificações dos Conselhos Regionais de Medicina.

O processo ético profissional é técnico, formal e possui prazos rígidos. Uma resposta mal redigida ou fora do prazo pode ser interpretada como confissão ou desinteresse.

O Código de Processo Ético-Profissional (CPEP) garante ao médico o direito à ampla defesa e ao contraditório.
Isso significa que o profissional pode — e deve — ser acompanhado por assessoria jurídica especializada em direito médico.

A experiência mostra que médicos que buscam apoio profissional logo no início da sindicância evitam que o caso evolua para processo disciplinar.

👉 Dica: nunca responda sozinho. A defesa médica preventiva é a forma mais eficaz de evitar sanções e preservar sua imagem.

O impacto ético e emocional dos processos

Os erros que médicos cometem não trazem apenas consequências jurídicas — afetam também o emocional e a reputação do profissional.
Um processo ético pode gerar ansiedade, insegurança e até afastamento do trabalho.

Por isso, é importante compreender que o processo ético profissional não é uma punição automática. É uma oportunidade de demonstrar que o médico agiu dentro das normas técnicas e éticas.

Conhecer o Código de Ética Médica e o CPEP é o que diferencia o médico que sofre com o processo daquele que o enfrenta com serenidade e preparo.

Como evitar sindicâncias médicas

Evitar erros que médicos cometem é possível — e depende mais de postura do que de conhecimento técnico.
Algumas práticas simples podem reduzir drasticamente o risco de sindicâncias e denúncias:

  1. Mantenha prontuários completos e legíveis.
  2. Formalize sempre o consentimento informado.
  3. Comunique-se de forma empática e transparente.
  4. Evite discussões com pacientes ou familiares.
  5. Documente recusas e intercorrências clínicas.
  6. Jamais exponha pacientes nas redes sociais.
  7. Atualize-se sobre o Código de Ética Médica.

Essas atitudes fortalecem a ética médica e funcionam como escudo contra alegações de erro.

Ética e responsabilidade médica: pilares da profissão

O exercício da medicina exige equilíbrio entre técnica, empatia e responsabilidade.
Por isso, evitar erros que médicos cometem é também um ato de autoproteção ética.

A responsabilidade médica vai além de diagnósticos e prescrições — envolve comunicação, prudência e respeito aos limites éticos.

Quando o médico age com base no Código de Ética Médica, ele não apenas cumpre a lei, mas também garante proteção profissional e reforça o prestígio da classe médica perante a sociedade.

Conclusão

Os erros que médicos cometem podem parecer pequenos, mas têm grande impacto.
Falhas em prontuários, ausência de consentimento ou respostas apressadas ao CRM estão entre as principais causas de sanções éticas.

Por outro lado, o médico que conhece o processo ético profissional, documenta adequadamente suas condutas e busca assessoria jurídica especializada atua com segurança, ética e tranquilidade.

Evitar erros é mais do que uma medida defensiva — é um compromisso com a medicina responsável e com a própria reputação profissional.

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